Fred Koffman era vice-presidente do LinkedIn e Jeff Weiner era o CEO.
Na época, Jeff era idolatrado como líder. Seu estilo realizador rendeu inúmeras reportagens e convites para ser conferencista.
Mesmo assim, o CEO chamou Koffman para uma conversa e pediu que o ajudasse a se tornar um líder ainda melhor.
Obviamente, incrédulo, o vice-presidente sugeriu fazer antes uma pesquisa junto ao funcionários que trabalhavam ligados direta ou indiretamente ao CEO.
Na pesquisa, Koffman confirmou aquilo que todos sabiam: Jeff era mesmo um líder inspirador e admirado.
Entre os principais elogios, os liderados ressaltaram seu extremo otimismo e visão positiva diante da vida, bem como sua capacidade ímpar de simplificar as coisas, tornando, inclusive, problemas que pareciam complexos em situações menores e simples de resolver.
O que poderia então ser melhorado em um líder como Jeff Weiner?
Aprofundando as entrevistas, Koffman descobriu que as pessoas se sentiam desconfortáveis em levar problemas até o CEO, porque sabiam que ele encontraria a solução num passe de mágica e, então, como consequência, exporia as incapacidades do time, fazendo-os se sentir incompetentes, com grande impacto à autoestima.
Isso significa que mesmo um dos mais respeitados líderes de organizações do mundo não sabia de tudo que acontecia dentro de sua empresa.
Situações que deveriam ser resolvidas eram procrastinadas e erros eram omitidos.
A luz de de Jeff era tão forte que suas sombras eram ignoradas, mas elas existiam.
Por que estou trazendo esse exemplo?
Primeiro para mostrar que todos os traços de personalidade e todas as nossas grandes habilidades, escondem uma face que pode limitar o crescimento de profissionais e de empresas.
Personalidades muito extrovertidas, por exemplo, são incríveis imãs para pessoas, mas tendem a ter pouca compaixão. E assim por diante.
Em segundo lugar, quero falar sobre persuasão.
Uma pesquisa mundial do Gallup, do final da década passada, mostrou que apenas 13% dos colaboradores estão engajados, os outros 87% estão só aguardando o fim de semana chegar.
E junto disso, listou as competências indispensáveis dos profissionais do futuro, que é agora. Persuasão está entre primeiras.
Muitos ainda confundem persuadir como manipular.
Isso é uma crença ignorante.
O manipulador tem falha de caráter, ele pensa só nele, quer ganhar sempre, nunca está preocupado se o outro está certo ou não, ele quer vencer e pronto.
Essa é a principal diferença.
O exemplo de Jeff ilustra que todos nós influenciamos o tempo todo, querendo ou não.
A sociabilidade está na base das necessidades humanas. Não podemos fugir da nossa natureza.
Você não escolhe influenciar, você simplesmente precisa disso para sobreviver.
Então, a questão é…
Se estamos condenados a influenciar e sermos influenciados, por que não fazer isso da melhor maneira possível, de forma consciente e conciliando os ganhos para todas as partes?
Existe ainda um terceiro ponto, o da responsabilidade.
Independente de quais os propósitos de uma organização, os líderes representam esses propósitos.
Então, eles precisam convencer os liderados de seguirem os caminhos estratégicos da empresa.
O sucesso depende da influência e dos argumentos dos líderes.
No fim, são eles que responderão quando as metas não forem alcançadas, então, a persuasão é uma habilidade que deve ser desenvolvida.
De repente, está todo mundo falando sobre autoconhecimento. Isso é nobre, mas não basta. Saber sobre nós mesmos vai resolver apenas parte dos problemas.
As empresas são organismos complexos, com vários “eus” tendo que colaborar entre si.
A consciência sobre suas crenças e sobre suas emoções transformará a sua vida sim, mas é preciso conhecer técnicas específicas pra influenciar de maneira positiva os outros.
Há 6 anos, venho me desenvolvendo em uma área que apelidei de neuropersuasão, porque conheci a neurociência, participei de pesquisas de neuromarketing e vi o poder desse conhecimento como forma de gerar transformação.
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Eu costumo compartilhar o que aprendo e faço. Familiarize-se com isso. A neuropersuasão é a chave para abrir todas as portas.